segunda-feira, 17 de março de 2008

6
***A aparição da Garça Dourada***


Achei minha tesourinha! Uhuuuuuu!
Está meio gasta e precisa de uma polida, mas estou tão feliz!
Aproveitei minhas férias forçadas de resfriado (ah!, obrigada pelos votos de melhoras!) e fui arrumar as gavetas da escrivaninha.
Bom, a idéia era limpar as quatro gavetas, mas só na primeira gastei três dias, o que me desanimou completamente pra passar para a próxima.
Achei um formulário que andava procurando que nem louca! (Embora não vá fazer qualquer diferença agora, com o “...enviar até Novembro de 2007...” escrito no rodapé.)
E lá no fundão, estava a minha tesourinha de bordado!
Eu bordo como passatempo, e admito que não o faço tão bem quanto cozinho, mas a gente se esforça (quem vê pensa, né? Hehehehe) :P
Eu a ADORO! Ela é linda, super fina, leve, delicada, tem a forma de uma garça dourada, e a desgraçada já me furou um porrilhão de vezes.
A procurei em Dezembro pra levá-la comigo para o interior nas férias, mas desisti de encontrá-la quando vi que minhas agulhas também sumiram (e agora eu tô realmente preocupada!).
Quando comecei as aulas de bordado, me recomendaram essa tesourinha; disseram que cortava tudo. Até perder a unha do dedo indicador sem querer, eu achava que só estavam de gozação comigo por causa do tamanhinho dela.
Eis meu primeiro trabalho (de 2006) em dois estilos: Ponto Cruz e Macramé. Todo mundo finge que não está torto. Agradecida =]


domingo, 9 de março de 2008

5
***Tempo que Falta***
Faz tempo que não fico resfriada desse jeito.
Assim, completamente impossibilitada de sentir o sabor dos alimentos, e ainda com a desagradável sensação de que uma bola de golfe ficou entalada na minha garganta.
Aliás, faz tempo que muita coisa não acontece. Ou faz tempo que eu não tento mudar um pouco a rotina?
Faz tempo que não jogo xadrez pessoalmente. Eu amo, mas nunca acho parceiro.
Faz tempo que não seguro um lápis de cor e tento desenhar algo. Qualquer coisa.
Faz tempo que não recorto nenhuma matéria do jornal. A internet dispensa o ato.
Faz tempo que não leio sentada ao pé de uma árvore. O cheiro de folhagem, a sombra...
Faz tempo que não ando com pernas-de-pau. Passei minha infância brincando assim.
Faz tempo que não berro no meio da rua só porque vi um conhecido que está bem longe.
Faz tempo que não subo no telhado e aprecio a vista. Me sinto a dona do mundo!
Faz tempo que não deito e contemplo as estrelas. Me sinto um grãozinho de areia!
Faz tempo que não envio cartões pelo correio. Cartões de aniversário, de Natal...
Faz tempo que não tomo sopa. Bom, pelo menos isso vai dar para fazer hoje.

Preciso é dar um xeque-mate na rotina.

quarta-feira, 5 de março de 2008

4
***O Ministério da Saúde Adverte: Isa pode matar***


- Isa! Você pode fazer míni-pizzas, e dar uma pra sua irmã no lanche?

Míni-pizza. Certo. Fácil.
Eu dou conta. Já dei conta de tantas outras coisas antes e tirei de letra!

*****

>>> Bolo de chocolate:
- Porcaria de forno torto! Olha só o bolo, derramou inteiro pra esquerda!

>>> Bolo de cenoura:
- Tá, ficou um pouquinho cru, mas eu coloco a calda de chocolate por cima e ninguém nota.

>>> Biscoitinhos de baunilha:
- Não estão tão duros assim....

>>> Gelatina de uva:
- Por que não endureceu? Não era pra endurecer? Já devia ter endurecido!

>>> Pudim de leite-condensado:
- Mas é claro que é um pudim! Pode não parecer um pudim, mas garanto que é um!

>>> Torta de presunto:
- Só você acha que tem gosto de farinha. Eu não senti nada.

>>> Miojo:
- Ai-minha-nossa-senhora, eu te ligo mais tarde, meu miojo tá queimando!

>>> Tomando conta da panela de pressão:
- Ahhhhhh! Vóóóóóó!!!!!!! Vóóóóóóóóóóóóó!!

*****

Míni-pizza? Fácil.



domingo, 2 de março de 2008

3
***A Natureza está viva! Socorro!***


Amo plantas! Infelizmente, não tenho muito jeito com elas, a não ser que seja um cacto ou uma flor de plástico.
Por enquanto, Lolita aparenta boa saúde, mas, afinal, só faz uma semana e pouco que ela está comigo.
Ah! Lolita é minha plantinha carnívora! (Eu é que tenho mania de dar nome pra tudo.)
Confesso que um dos meus primeiros pensamentos quando a trouxe para casa foi: “Será que funciona?”
*Favor não me perguntarem se eu chequei as pilhas*
Para ser sincera, nunca havia visto uma planta carnívora pessoalmente na vida, e achei intrigante que pudesse abocanhar, de fato, algo.
“Humm... e o que aconteceria se...?”
Frase infeliz que só serviu para aguçar minha curiosidade! (O que, àquela altura do campeonato, não era pouca.)
Não deu outra: com um clips, encostei levemente na parte interna da folha, roçando a superfície avermelhada. Quase gritei de susto quando ela se fechou com formidável rapidez sobre ele, mantendo-o firmemente preso.
Aliás, ficou tão preso que, após várias tentativas fracassadas de retirar o objeto sem machucar a planta, percebi que quanto mais eu puxava, mais ela se negava a devolvê-lo! (E apertou tanto a “mordida”, que estou surpresa que não o tenha entortado.)
Deixei quieto, ela não ia largar de jeito nenhum, mesmo.
Três dias depois, finalmente inventou de abrir, e eu consegui tirar sua falsa presa lá de dentro.
Mas...como ela faz isso?
Fui então fazer algo que deveria ter sido a primeira coisa a ser feita desde que comprei a Lolita: pesquisar sobre ela.

Achei
neste site as informações de que precisava.
O problema agora, é que estou morrendo de dó dos insetos desavisados que ali pousarem, uma vez que senti o drama da ala prejudicada.
Quem sabe uma plaquinha não ajude?
“Cuidado: Armadilha!” ou “Proibido Pisar!”
(Se bem que nem Ser Humano sabe ler esse tipo de coisa, imagine os bichinhos...)
Tudo bem. No fim, essa história me ensinou duas coisas:
1 – Eu tenho a mentalidade de um besouro.
2 – Procurar conhecer sempre sobre aquilo com o que está lidando não mata niguém (a não ser que você seja realmente um besouro).